Filme: A Garota da Vitrine

Assisti a esse filme ano passado num canal fechado e sempre que reprisa, torno a vê-lo. A Garota da Vitrine não é uma obra que se possa definir como uma comédia romântica qualquer destinada a passar a cada semestre na Tela Quente da Rede Globo. Fala da forma mais verídica do amor. Uma análise suave que também mostra o lado destrutivo dos relacionamentos atuais, com seus conflitos e mal entendidos (quase sempre pré-designados) de relações entre casais que tendem não saber cuidar um do outro. É de fazer pensar naquilo que vale a pena fazer acontecer entres duas pessoas.

No elenco estão Claire Danes, Jason Schwartzman e Steve Martin, que escreve, produz e estrela A Garota da Vitrine, baseado em seu conto de 2000 do mesmo nome. A história aborda discussões e causa questionamento sobre o que realmente queremos da outra pessoa. Um comprometimento que mantemos com alguém que está além das nossas expectativas, apenas pelo fato de idealizarmos.

Uma cena chamou minha atenção. Ray (Martin) diz a Mirabelle (Danes) que pretende comprar um apartamento maior em NY para que ele possa se mudar quando conhecer alguém. Detalhe: eles acabam de ter passado a noite juntos. Ela pára e percebe que nunca será suficientemente boa pra ele, pois mesmo estando ao seu lado, Ray sempre estará procurando por um outro alguém. O famoso estepe, já ouviram falar?

Uma dica pra quem quer ver a mocinha dar um ponta pé no velho rico que não dá o valor merecido a ela. Xiii... Contei o final! Não resisti. Mas o melhor é o proveito que você tira. Até porque, deve-se extrair do cinema, seja questionamentos, elogios ou uma bela decepção com a pobreza dos roteiros de hoje em dia, que na minha modesta opinião, não é o caso desse filme.